A verdade é que 90% dos meus amigos não moram aqui. Estão espalhados pela região metropolitana, onde tudo é perto, e você 'viaja' menos de 2h para ver seus amigos. A verdade é que estou isolada na fronteira oeste. Tenho 3 bons amigos aqui (um casal e uma amiga) que fazem as coisas não parecerem tão chatas, mas ainda assim muito longe de ser como era minha vida na Capital.
Desde a época da faculdade me acostumei a circular por muitos grupos, de ter amigos de diferentes atividades e interesses. Tinham os colegas de faculdade, os guris da banda, a galera do teatro, as melhores amigas, a melhor amiga de infância, a gurizada das festas, o pessoal da biologia, o melhor amigo ever. Claro, todo mundo toma rumos diferentes, mas precisava ser tudo ser tão longe?
Novos amigos desde que voltei para cá? Zero. A principal diferença das pessoas daqui para as de lá, é que quando combinava de tomar um chimarrão com alguém, esse evento acontecia. Aqui é tudo ''vamos combinar'', ''combinamos''... praticamente um ''se pah'' = never. As pessoas tem medo umas das outras, e não nada tem a ver com violência. Ninguém quer ser exposto, como se qualquer tipo de contato pudesse compromete-las para sempre. Acho engraçado. Quantas vezes aquele chimarrão já me fez conhecer amigos que vou levar para vida toda, e também pessoas que nunca mais faço questão de ver, com toda a sinceridade do mundo.
Por favor um teletransporte, agora! Preciso visitar:
A Fabiola que depois daquele chimarrão que marcamos, nunca mais nos desgrudamos, e está morando em Esteio agora
A Bárbara Mallmann que foi visitar a Fabiola, me olhou com uma cara de nojinho, mas logo virou minha amiga também, e vai noivar dia 11 de setembro, né coisas de Bárbara
A Arielli que deve estar enlouquecida com os estudos, mas mais louca por não estar podendo fazer baladas como antigamente